A tomada de posse dos eleitos para a câmara municipal ocorreu no interior de uma tenda gigante instalada no claustro Sul, cremos que a pensar no espectáculo de ópera que ali irá ocorrer no sábado, enquanto a tomada de posse dos deputados municipais foi relegada para uma sala do 1º piso, uma sala exígua onde cabiam quase à justa os deputados a serem empossados.
Na cerimónia de tomada de posse do presidente e da vereação estiveram presentes grande número de pessoas, quase todas ligadas à política do concelho, dirigentes de associações permanentemente dependentes do orçamento municipal, muitos funcionários do município, os deputados cessantes e os que iriam tomar posse. A escolha da hora a que a cerimónia decorreu, 17:15 muito contribui para reforçar o habitual alheamento que a população em geral dispensa a este tipo de actos solenes.
Os discursos, de José Bizarro (assembleia) e Hélder Silva (câmara) foram discursos de circunstância, como é de bom tom, circunstância reforçada com o reforço da maioria absoluta do PSD nestas eleições autárquicas.
Hélder Silva falou de compromisso e de lealdade para com os eleitores-munícipes, exaltou a confiança renovada em que se sente reinvestido e prometeu ousar a excelência neste mandato, o segundo, que agora se inicia, reafirmando os pontos programáticos do seu programa eleitoral.
De assinalar o propósito manifestado de transferir competências para as juntas de freguesia, propósito a que não será alheio o facto de todos sabermos que o governo manifestou já a vontade promulgar uma lei que determina a transferência de competências e das respectivas verbas, das câmaras para as freguesias.
A cerimónia concluiu-se depois com o tradicional “beija mão” em que os presentes felicitam os eleitos.
Pouco tempo depois, numa recôndita sala do 1º piso teve lugar cerimónia idêntica, mas com muito menos visibilidade, vá lá saber-se porquê, em que tomaram posse os deputados municipais e em que foi eleita a mesa que irá presidir às sessões da assembleia municipal durante este mandato.
Não tomaram posse, um deputado do PSD, por motivos que se desconhecem e o presidente eleito da Junta de Freguesia de Igreja Nova e Cheleiros, Elísio Varandas, eleito pelo PS, que embora tendo estado presente na cerimónia anterior em que se deu posse à câmara municipal, se ausentou da cerimónia onde devia ter tomado posse do cargo de deputado municipal por inerência.
Três discursos marcaram esta cerimónia, o de Bizarro Duarte, o de Eduardo Libânio pela CDU e o de Matilde Batalha, uma estreante em representação do PAN.